A dívida bruta dos governos no Brasil avançou de R$ 6,153 trilhões em junho para R$ 6,210 trilhões em julho, segundo dados do Banco Central (BC). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a dívida variou de 85,5% para 86,5%.

Entre os fatores condicionantes, segundo o BC, destacaram-se: emissões líquidas de dívida bruta (alta de 0,7 ponto percentual); incorporação de juros nominais (alta de 0,4 ponto percentual); variação do PIB nominal (alta de 0,2 ponto percentual); valorização cambial (redução de 0,3 ponto percentual).

Já a dívida líquida do setor público não financeiro passou de R$ 4,176 trilhões em junho, ou 58% do PIB, para R$ 4,322 trilhões um mês depois, ou 60,2% do PIB.

De acordo com o BC, a dívida líquida sobe 4,5 pontos percentuais no ano. Do lado altista, atuaram o deficit primário (6,7 pontos), o pagamento de juros (2,5 pontos) e o efeito do PIB (0,6 pontos). Do lado baixista, houve a influência do ajuste cambial, de 4,4 pontos, e outros ajustes da dívida externa, com 0,8 ponto.

Os dados levam em conta União, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção daquelas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.

Custo

O custo de carregamento da dívida líquida do setor público (DLSP) variou de 9,6% em junho para 9% em julho, quando medido em 12 meses.

Olhando apenas a dívida do governo federal e do Banco Central, que está dentro da DLSP, o custo foi de 10,2%, contra 11% em junho.

A taxa implícita capta uma média das taxas de juros incidentes sobre os ativos e os passivos da DLSP. A dívida mobiliária, por exemplo, tem diferentes indexadores, como a Selic e os índices de preços.

(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)

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