Após dois anos de frustração, economistas voltam a apontar alta de 2% do PIB

Pelo terceiro ano consecutivo, o governo e economistas do setor privado começam janeiro otimistas e com a expectativa de que a economia brasileira crescerá acima de 2% neste ano, deixando para trás a quase estagnação verificada desde que o País saiu da recessão do período 2014-2016.

O chamado “agora vai” acabou frustrado nos últimos dois anos por questões como a demora na aprovação de reformas na área fiscal, incertezas em relação ao governo Jair Bolsonaro, a crise argentina e a desaceleração da economia mundial.

Esses fatores são os mesmos que ameaçam, em 2020, a recuperação mais forte da atividade econômica, que tem sido verificada desde o início do segundo semestre de 2019, anabolizada em parte pela liberação de recursos do FGTS que deram mais gás ao consumo.

A avaliação, entretanto, é de que os riscos agora são menores, e os incentivos para a recuperação econômica, maiores.

No final de 2017, as projeções dos analistas consultados pelo Banco Central no Boletim Focus apontavam crescimento de 2,7% para 2018. O resultado ficou em 1,3% devido à greve dos caminhoneiros e a incertezas com o período eleitoral.

Em dezembro de 2018, às vésperas da posse de Bolsonaro, analistas renovaram a aposta, projetando crescimento de 2,55%. O País, no entanto, não conseguiu sair da média de 1% até o terceiro trimestre de 2019, e a expectativa é que feche o ano com expansão de 1,2%. Após dois anos de frustrações, a mesma pesquisa aponta expectativa de crescimento de 2,3% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2020.

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