Em entrevista exclusiva ao NovaCana, analista de mercado da Céleres destaca pontos favoráveis e desfavoráveis na produção e na construção de margens, além de trazer perspectivas para o futuro


Nos próximos cinco anos, 18 usinas de etanol de cereais devem entrar em operação, conforme estudo da Céleres, consultoria focada no setor de agronegócio. Estes projetos adicionariam cerca de 5 a 7 bilhões de litros de etanol ao ano no setor de combustíveis brasileiro.

Além disso, a empresa projeta que, em 2028, 12,2 bilhões de litros do etanol brasileiro sejam feitos a partir de cereais – especialmente milho, mas também sorgo e trigo. A quantidade seria equivalente a cerca de 35% do volume do biocombustível produzido no país.

Na safra 2023/24, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o etanol de milho foi responsável por 6,26 bilhões de litros, 18,7% do total fabricado pelas usinas do Centro-Sul na temporada. No acumulado de 2024/25 até 16 de janeiro, o volume chega a 6,39 bilhões de litros, ou 19,5% do total.

De acordo com a Céleres, ainda que as margens atuais do renovável de cereais não sejam tão atraentes como as obtidas nos primeiros anos de operação das recém-chegadas usinas de etanol de milho, elas seguem “positivas” e entram no radar dos investidores.

Além disso, conforme o estudo da consultoria, a queda dos preços de milho vista nos últimos dois anos ajudou a complementar a margem em um cenário de preços de biomassa (eucalipto) mais caros e de etanol mais baratos.

Por conta disso, o NovaCana conversou com exclusividade com o analista de mercado com foco em biocombustíveis da consultoria, Enilson Nogueira.

Referência: https://www.novacana.com/noticias/etanol-cereais-responsavel-40-producao-brasileira-proxima-decada-040225

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